Inauguração da nova sede da Sandvik Coromant em Jundiaí

Após mais de cinco décadas no bairro de Santo Amaro, na capital paulista, a Sandvik Coromant inicia um novo ciclo em Jundiaí, no interior do Estado de São Paulo, onde dará ênfase ainda maior aos treinamentos e à disseminação do conhecimento na área

*Por Denise Marson | Foto: Renato Pizzutto

Claudio Camacho, vice-presidente de vendas da Sandvik Coromant América do Sul e Central

Claudio Camacho, vice-presidente de vendas da Sandvik Coromant América do Sul e Central

Uma testemunha da industrialização do Estado de São Paulo e, por que não dizer, de todo o Brasil. Assim pode ser definido o prédio localizado no bairro de Santo Amaro, Zona Sul da Capital paulista, em que a Sandvik Coromant passou 54 anos de sua história. Ciente de toda essa bagagem, a equipe de funcionários e colaboradores partiu para a construção de mais um novo capítulo, agora em nova cidade: Jundiaí, no interior do Estado de São Paulo. “É um misto de sentimentos. Foi muito difícil do ponto de vista emocional, pois Santo Amaro acompanhou a história do Brasil. Mas chegamos em uma hora muito motivadora”, resume Claudio Camacho, vice-presidente de vendas da Sandvik Coromant América do Sul e Central.

A subsidiária brasileira – que iniciou o processo de transição ainda em 2018 e passou a atender formalmente no novo endereço no início deste ano – alcançou um novo status frente às demais sedes ao redor do mundo: ela agora integra um seleto grupo de sedes que possui um Sandvik Coromant Center. Isso significa que as instalações estão nos mesmos moldes das demais, principalmente em layout e em termos tecnológicos. Além disso, trata-se de uma forma de prestigiar o País e sinalizar a importância deste mercado.

Tendo acompanhado aproximadamente quatro décadas da história da empresa no Brasil, Camacho não esconde o entusiasmo com as novidades que estão por vir.

Especialmente as que estão ligadas aos treinamentos e à capacitação das empresas para a Indústria 4.0, por meio das máquinas, equipamentos e software que estarão disponíveis tanto para cursos quanto para os tryouts de seus clientes.

Requisitos de saúde, segurança e meio ambiente foram atendidos, além da adequação à padronização de layout adotada nas demais sedes que possuem centers. Para a conclusão do processo de certificação, a nova sede também passou por uma rigorosa auditoria.

 

Além das questões logísticas, uma vez que o centro de distribuição do Grupo Sandvik também está na região, o que mais motivou a transferência da unidade brasileira para a cidade de Jundiaí?

Na verdade, nós estávamos em Santo Amaro há 54 anos. A sede foi adaptada, ampliada, com objetivo de alocar a fábrica que tínhamos ali. Com o passar do tempo, isso foi se modificando e o prédio acabou ficando muito grande para nós. Além disso, passamos a necessitar desta mudança para acompanhar o movimento dos clientes que saíram da Capital rumo ao Interior. Isso nos daria um melhor acesso a eles. O bairro de Santo Amaro se tornou uma área difícil, devido a todas as restrições que a cidade de São Paulo tem. A cidade de Jundiaí propicia fácil acesso tanto para os que estão no Interior quanto para os que ainda estão na Capital.

 

A escolha do Brasil para ser um dos mercados agraciados com o novo Centro posiciona o País de que maneira em relação ao mundo?

Nós tínhamos um centro de produtividade em Santo Amaro. Mas quando esta decisão (de capacitar a subsidiária nacional) foi tomada globalmente, foi preciso alterar o formato. Esse tipo de Centro está presente em um número reduzido de países e todos precisam ser padronizados: suas características físicas e estruturais seguem guidelines globais. Qualquer Coromant Center no mundo todo tem as mesmas características. Com isso, a Coromant mostrou que o Brasil é um país importante no grupo. Fomos privilegiados e estamos muitos felizes. É um reconhecimento ao nosso trabalho. Como líderes no mercado, temos uma imagem extremamente forte em termos de treinamento, assistência técnica e serviços. Considerando o número de pessoas que já treinamos no Brasil, dificilmente iremos encontrar algum profissional que não tenha passado por algum curso conosco.

 

Além da mudança física, a Sandvik Coromant no Brasil passa a exercer um novo papel junto à América Latina?

Nosso papel não mudou. A grande diferença é que vamos oferecer uma quantidade maior de treinamentos e eles serão mais específicos. Também acreditamos que a qualidade deles será superior ao que já oferecíamos. Além disso, com os novos recursos, seremos capazes de fazer treinamento daqui do Brasil para outros países.

 

Falando especificamente do Sandvik Coromant Center, o que ele abrange?

As novas instalações estão oferecendo recursos muito maiores. A parte de treinamento tem pelo menos o dobro do tamanho do que tínhamos em Santo Amaro. Nós temos máquinas e equipamentos novos, que vão nos ajudar a fazer treinamentos mais atualizados e atingir um novo patamar de tecnologia.

Será possível introduzir em nossos treinamentos o conceito de Indústria 4.0 graças a esse aumento de capacidade. Nossos cursos serão para, em média, 30 a 40 pessoas e nossos auditórios têm capacidade para até cem pessoas.

 

Quais os principais requisitos para se obter a certificação de Center? O que foi preciso fazer?

Para que nós sejamos certificados, precisamos estar de acordo com a legislação vigente no País com relação à saúde, segurança e meio ambiente. Além disso, nós precisamos ter os mesmos recursos físicos e tecnológicos que os demais Centers: áudio, vídeo, identidade visual, estrutura, mobiliário. Também compartilhamos do mesmo know-how, máquinas e recursos. Antes da inauguração, passamos por uma auditoria.

 

O Center conta com uma estrutura composta por máquinas integradas em um conceito de Indústria 4.0. Você poderia dar mais detalhes sobre os tipos e modelos disponíveis?

Nossas máquinas estarão interligadas a um sistema de transmissão de dados entre elas, robôs, equipamentos de medição, processos, programação, tudo isso com o intuito de simular o ambiente de uma Indústria 4.0. Por meio desta simulação e da administração das informações provenientes desses novos equipamentos, será possível que o gestor tome as melhores decisões baseadas em dados. Entre outros equipamentos, teremos um centro de torneamento multitarefas, um centro de usinagem horizontal, um centro de usinagem vertical e um torno CNC.

 

Essa estrutura de máquinas será usada para treinamento? Há possibilidade de os clientes realizarem tryouts?

Além de estarem disponíveis para treinamento do nosso próprio pessoal, nossos clientes poderão contar com uma oferta maior de máquinas em nossas instalações para que possam simular a usinagem de suas peças. Isso é importante quando eles não podem parar suas produções para fazer testes.

 

Quando a transferência para a nova estrutura foi finalizada? Quanto tempo durou o processo de transição?

O processo de mudança vem sendo discutido por algum tempo, desde 2015. Entre a decisão e a inauguração, estamos falando de um período entre nove e dez meses. Em oito meses, já estávamos trabalhando aqui. Foi tudo conduzido com bastante cuidado, após muitos estudos e análises. A partir do momento em que decidimos, houve um trabalho de muita motivação. É um ambiente muito saudável, que transpira tecnologia. E temos absoluta certeza de que iremos transmitir esse sentimento aos nossos clientes quando vierem nos visitar.

 

 

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