Lixo Digital

CRC dá novo destino a lixo eletrônico, beneficiando escolas e bibliotecas

*Foto: iStockphoto

 

Quando o assunto é lixo eletrônico, os prognósticos para o mundo não são dos mais animadores. A Organização das Nações Unidas (ONU) projeta que, neste ano, o mundo deve produzir cerca de 50 milhões de toneladas; deles, por volta de 1,4 milhão de toneladas provenientes do Brasil. Uma quantidade preocupante, se pensarmos que os metais pesados como cádmio, chumbo, bromo, cobre e níquel contidos em diversos componentes dos equipamentos de informática têm alto nível de toxicidade. Por isso, a forma correta de descarte é de absoluta importância. A boa notícia é que o Brasil tem iniciativas
exemplares nesse sentido.

Lixo EletrônicoOs Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) se destacam como caso de sucesso. Voltados para reabilitar e retornar as máquinas para a parcela mais carente da sociedade, esses espaços também já descartaram mais de 50 toneladas de resíduos eletrônicos de forma correta, desde 2006.
Paralelamente, os espaços promovem oficinas, cursos e atividades práticas para a formação para jovens de baixa renda.

Os CRCs têm o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que busca convênios com instituições que atuem na área educacional e na gestão do descarte adequado do lixo. O ministério também coordena, por meio do Departamento de Inclusão Digital, a doação de equipamentos por órgãos públicos, empresas e pessoas físicas. Graças a esse apoio, os CRCs já formaram mais de 8 mil jovens em situação de vulnerabilidade social, além de recuperarem 16mil equipamentos de informática.
Atualmente, são 10 centros distribuídos em diversos estados, como São Paulo, Goiás, Paraná, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Sul, que recebem doações de equipamentos de informática e reabilitam essas máquinas que são retornadas a escolas, bibliotecas e telecentros.

 

Atividades

Periodicamente, os centros abrem processo seletivo em que são avaliados fatores como renda e a inclusão em medidas socioeducativas. Os participantes do projeto aprendem a trabalhar com tecnologias da informação e comunicação (TICs), por meio dos processos de recepção, triagem, recondicionamento, estoque, descarte e entrega de equipamentos. Os CRCs também oferecem formação cidadã e ambiental, ensinando o descarte correto do lixo eletrônico e a preservação do meio ambiente.

 

 

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