14.11.2019

Acordo de R$ 30 milhões dará continuidade a parceria que já promoveu o desenvolvimento de mais de 100 projetos de inovação para a indústria.

 

A EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) assinam novo contrato para incentivar a inovação em startups, micro e pequenas empresas. No modelo EMBRAPII, a partir dos R$ 30 milhões do SEBRAE, o valor se multiplicará chegando a 100 milhões, já que a quantia é somada aos recursos da EMBRAPII, das Unidades credenciadas (centros de pesquisa) e das empresas maiores no apoio aos projetos com as pequenas e startups. O objetivo é financiar ideias inovadoras de pequenos empreendedores buscando potencializar a competitividade de suas empresas no mercado. A assinatura será durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), em Brasília.

Este será o segundo contrato entre as instituições. A adesão e o sucesso da primeira experiência superaram as expectativas. O aporte do Sebrae de R$ 20 milhões, previsto para ser usado em quatro anos, foi completamente utilizado em dois anos e propiciou o desenvolvimento de 109 projetos de inovação de startups, micro e pequenas empresas de base tecnológica, totalizando R$ 77 milhões (incluindo os valores das instituições de fomento, empresários e centros de pesquisas).

No modelo de negócio da instituição, a EMBRAPII financia até 1/3 do valor dos projetos inovadores da indústria brasileira com recursos não reembolsáveis. A proposta é compartilhar o risco com as empresas e incentivar a inovação. Antes da parceria com o Sebrae, a exigência de contrapartida financeira das empresas, em alguns casos, limitava o acesso aos recursos da EMBRAPII aos pequenos empreendedores.

O diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães, explica que o contrato com o Sebrae auxilia os empresários a complementarem suas contrapartidas nos projetos. Na prática, o contrato financia parte da parcela da empresa, ampliando o percentual de recursos não-reembolsáveis paraseus projetos de inovação industrial. “O contrato de parceria entre a EMBRAPII e o Sebrae possibilitou a superação de dificuldades, permitindo que as MEIs e MPEs pudessem desenvolver projetos de PD&I. O acordo marcou a entrada definitiva do pequeno empreendedor no mundo da inovação tecnológica”, destaca o diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a aproximação entre pequenos negócios e grandes empresas se confirma como uma estratégia fundamental no incentivo ao desenvolvimento e inovação. “É preciso preparar o país para uma virada econômica. Nos países desenvolvidos, o dinamismo da economia está baseado na inovação. Mas, no Brasil, nosso desempenho tem sido desanimador. Dentre 129 países, o Brasil é apenas o 66° mais inovador, de acordo com o Índice Global De Inovação (IGI) deste ano”, analisa Carlos Melles. “A renovação do contrato com a EMBRAPII reitera o compromisso do Sebrae com a inovação. Paralelamente, fortalecemos ecossistemas, por meio de parcerias com incubadoras, aceleradoras, coworkings, parques tecnológicos. Além de prepararmos os pequenos negócios para a abertura de novos mercados”, explica o presidente do Sebrae. 

 

Modalidades de incentivo

Outra novidade do novo contrato é o incentivo à inovação aberta com a introdução de uma linha de financiamento voltada à criação de consórcios de empresas com interesse comum. A proposta inclui uma ou mais MGEs (Médias e Grandes Empresas) atuando em parceria com pequenos empreendedores, seja como âncora de um projeto de encadeamento produtivo ou tecnológico, seja como apoiadora da iniciativa.

Há ainda a manutenção das duas modalidades do contrato anterior: a primeira, voltada para o desenvolvimento tecnológico, destina-se apenas aos microempreendedores individuais, startups, micro e pequenas empresas. A segunda, é destinada ao encadeamento tecnológico e conta com a participação de empresas de médio e grande porte atuando como parceiras dos pequenos empreendedores. Esta oportunidade, permite que startups desenvolvam projetos em parceria com o consumidor final de sua tecnologia.

 

 

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