06.08.2019
A expectativa é de aumento de competitividade para a economia dos países do MercoSul.
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) reconhece a importância da conclusão do Acordo de Livre Comércio (ALC) com a União Europeia para as economias do Mercosul, fruto de uma agenda que se estendeu por 20 anos devido a sua complexidade e a desafios de difícil superação.
O Brasil passará a ter, depois de atendidos os requisitos para a sua ratificação, um acordo comercial de nova geração com um parceiro relevante para sua economia.
Ainda não há clareza sobre qual foi o posicionamento final em questões de grande relevância para a indústria de máquinas e equipamentos, como, por exemplo, cronogramas, regras de origem, compras púbicas, defesa comercial, entre outros. Como em toda grande negociação, faz-se necessário observar os detalhes, motivo pelo qual é preciso aguardar a divulgação dos textos finais do Acordo para avaliação do impacto no setor.
Certamente, o mercado europeu tem grande potencial para o crescimento das exportações brasileiras de bens agrícolas, sobretudo pela competitividade da nossa agricultura. Pelo lado industrial, há possibilidades de ganhos já reconhecidos – ainda que não comparáveis ao setor agrícola – mas que dependerão da concretização das reformas estruturais: da Previdência, para que o País tenha sustentabilidade em suas contas públicas, e, especialmente, da Tributária, para corrigir um sistema hostil ao investimento produtivo.
Cabe ainda destacar a importância da promoção de uma agenda de competitividade para que os bens industriais possam se beneficiar das oportunidades desse Tratado Comercial, de outros já vigentes e dos que venham a ser firmados pelo Mercosul, contribuindo para que a pauta de exportação do Bloco e, especialmente, do Brasil não fique concentrada em bens de menor valor agregado.
A esse respeito, a ABIMAQ, em seu compromisso na busca de uma maior competitividade para a indústria brasileira de máquinas e equipamentos, tem contribuído com os Poderes Executivo e Legislativo na publicação de estudos que tratam do “Custo Brasil” e da Agenda de Competitividade – Impacto do Custo Brasil, 2018 e Agenda de Competividade: Preparando o Brasil para Abertura Comercial, 2019. Com a maior inserção do Brasil no comércio internacional, a Associação estará cada vez mais engajada na promoção de debates e na persecução de objetivos orientados à competitividade da indústria brasileira e a melhoria do ambiente de negócios.