08.04.2018

Para desenvolver e produzir o SUV T-Cross, a Volkswagen do Brasil irá investir R$ 2 bilhões em sua fábrica de São José dos Pinhais (PR). Será o primeiro SUV produzido pela marca no Brasil. O anúncio foi feito durante cerimônia na fábrica do Paraná, no início da semana passada.

De acordo com a montadora, do total dos investimentos R$ 600 milhões serão destinados ao desenvolvimento, testes e validação do produto e R$ 1,4 bilhão para ampliação e modernização da fábrica. Esse montante faz parte do plano de investimentos da empresa no Brasil, que prevê R$ 7 bilhões até 2020.

“A empresa vive um momento de transformação para uma Nova Volkswagen. Além de muito mais próximos de todos os nossos públicos, estamos colocando em prática a maior ofensiva de produtos da história da Volkswagen no País. Serão 20 lançamentos até 2020, 5 deles SUVs completamente novos, como é o caso do T-Cross”, afirma Pablo Di Si, Presidente e CEO da Volkswagen América do Sul e Brasil.

A produção do T-Cross e a chegada ao mercado brasileiro e exportações aos principais mercados na região América do Sul, Central e Caribe estão programadas para o primeiro semestre do ano que vem.

 

Investimentos – Os investimentos implicam em melhorias tecnológicas, em todas as etapas produtivas, que permitirão maior flexibilidade na produção do novo modelo e vão assegurar a sustentabilidade da fábrica.

A Estamparia receberá 158 novas ferramentas;

Na Armação, onde as peças são unidas formando as carrocerias, além da ampliação predial de 5.500 m², serão instalados 239 robôs com tecnologia de ponta, mais rápidos, precisos e eficientes, assim como equipamentos de solda a laser, que fazem a união das peças por meio de um feixe de luz;

A Pintura está sendo reprogramada e customizada para receber as novas cores que acompanharão o modelo, além de um equipamento de aplicação de cera nas cavidades, garantindo uma proteção extra contra corrosão.

Na Montagem Final modificações estão sendo realizadas para atender a Estratégia Modular MQB no Fahrwerk – onde é feita a união da parte motriz do veículo (motor, transmissão e suspensão) com a carroceria. Além da aquisição de máquinas e equipamentos com tecnologias avançadas para a produção do novo modelo.

 

Indústria 4.0 – O investimento também abrange a completa modernização em todas as áreas com foco na aplicação de inovações da Indústria 4.0. Para esse projeto, a Fábrica Digital está utilizando o máximo de tecnologias disponíveis pelo Grupo Volkswagen, trazendo inovações para o planejamento e execução de processos com simulações virtuais.

De acordo com a VW, entre os objetivos do emprego da tecnologia estão: redução no tempo de ajuste das ferramentas na Estamparia; Dimensionamento enxuto reduzindo custos, garantindo o volume de produção e fluxo logístico, agregando novas tecnologias aos processos existentes em todas as áreas; Avaliação de Ergonomia e validação de acesso de ferramentas em postos de trabalho na Montagem Final.

A fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, foi inaugurada em 18 de janeiro de 1999 para a produção do Volkswagen Golf e do Audi A3. É uma das mais modernas fábricas do Grupo Volkswagen. Desde a sua inauguração, já produziu mais de 2,6 milhões de veículos e atualmente emprega cerca de 2.600 pessoas, produzindo os modelos Fox, Golf, Audi A3 Sedan e Audi Q3.

 

MQB – O VW T-Cross será produzido a partir da Estratégia Modular MQB, que é o mais moderno conceito de produção do Grupo Volkswagen. Os veículos baseados na Estratégia Modular MQB proporcionam o que há de mais avançado em termos de design, inovação, alta performance e segurança.

A Estratégia Modular MQB (Matriz Modular Transversal) é uma nova arquitetura do Grupo Volkswagen para a produção de veículos, já aplicada em modelos globais como o Passat e o Golf. O conceito consiste na padronização do processo de manufatura nas fábricas do Grupo VW, estabelecendo, por exemplo, a mesma sequência de montagem e proporcionando como grande vantagem a redução do tempo de produção dos veículos, além de garantir flexibilidade na produção.

A MQB também permite compartilhar a base estrutural para o desenvolvimento de veículos de diferentes segmentos, gerando sinergia para todas as classes de automóveis. Essa base foi desenvolvida seguindo preceitos de baixo peso, utilizando aços de alta resistência que permitem aumentar a segurança e reduzir o peso total do veículo, o que colabora para a redução do consumo de combustível. A combinação de dimensões padronizadas e variáveis, outro benefício da MQB, reduz significativamente a complexidade da produção de um veículo, gerando substanciais ganhos no processo produtivo e economia de escala.

 

Republicação do site Usinagem Brasil

 

 

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